A Comunidade de Bandeirante foi constituída principalmente pelas origens italiana e alemã. Sendo que ainda hoje estas tradições herdadas dos colonizadores estão presentes na vida familiar.
A localidade recebeu esta denominação por influência do modo de colonização usado pela colonizadora em dispor bandeiras nas áreas de instalação.
Topônimo desde 1944, quando já se instalavam os primeiros desbravadores, membros de famílias oriundas do Rio Grande do Sul, das regiões de Caxias do Sul e Bento Gonçalves atraídos pela abundância de madeira e solos férteis. As famílias Luchesi, Beneti, e Faganeli, eram os sócios proprietários da Colonizadora Bandeirante.
Além das famílias dos sócios , outras tantas foram se instalando, destacamos as primeiras que chegaram entre os anos de 1944 a 1947 sendo: a família de Jacó Hanauer, Bolislau Gaicoski, Teobaldo Frolisch, Adroaldo Amorin, Ervino Weber, José Anchau, João Voguel, João Voguel Passarinho, Leopoldo Harnisch, Osmar Lamb, Artur Freguês, Afonso Fondense, Leopoldo Harnich, Antonio Oliboni, Carlos Mascarelo, Aldérico Marchi, João Massoni, Afonso Oliboni, Aluísio Kunn.
Já neste momento, Bandeirante começava a contar com aspecto de Vila, pois contava com 15 casas reservas, construídas pela Colonizadora Bandeirante, as quais eram disponíveis para emprestar às famílias que chegavam, e podiam permanecer nela até que suas próprias casas fossem construídas.
A Colonizadora não parava por aí. O Padre que vinha da Cidade de Itapiranga 2 a 3 vezes por ano para rezar a missa, juntamente com os sócios da Colonizadora escolheu um local especial para a construção da Igreja em área doada pela mesma, além de trazer muitas frutas principalmente laranjas, o que gerava muita renda a Vila.
Logo, foi construída a paróquia de São Miguel do Oeste, sendo designado o Padre Aurélio Ganzi para celebrar as missas. O primeiro casamento realizado em Bandeirante foi entre as famílias Massoni e Lamb (Julita Massoni e Jorge Lamb), o primeiro nascimento foi de Adenácio Voguel.
A Vila aos poucos se tornava independente. A professora Francisca Amorin Nicaretta, mais conhecida como Chiquinha, era a Professora dos primeiros alunos remunerada pela própria Colonizadora, por quem fora trazida a conhecer a nova terra.
Assim como a Escola, as marcas do progresso estavam também no comércio que se mostrava em franco desenvolvimento. O 1º hotel era do Sr. Adroaldo Amorin, o 1º Moinho Colonial era da Colonizadora; a 1ª casa Comercial era uma sociedade entre os Srs. Tranqüilo Carniel, Rodolfo Carniel e Rodolfo Japas. A 1ª oficina de Móveis era de propriedade dos senhores João Oliboni, Otávio Oliboni, Mário Scaravonatto e Sestilio Scaravonatto.
Em 1953, já era possivel comunicar-se através do telefone, estavam interligadas as comunidades de Rio das Flores na residência do Sr. Helmut Trein e na atual Várzea Alegre na residência do Sr. Arlindo Paza. A energia elétrica era fornecida pela própria Colonizadora.
Várias atividades já eram realizadas na Vila, tinha um dentista Sr. Nadir Guardini, um Escrivão, o Sr. Américo Lopes, um alambique, de propriedade dos Srs. Alberto Harnisch e Gaspar Rossoni, um salão de diversões, do Sr. Zeferino Konrad, até uma trilhadeira de propriedade do Sr. Alberto Minosso, o 1º time de futebol era do Esporte Clube Independente, o transporte de passageiros era por conta do ônibus do Sr. Arlindo Frozza.
No dia 27 de Dezembro de 1956, Bandeirante foi elevado a categoria de Distrito, sendo seu 1º Inspetor o Sr. Adroaldo Amorin, o 1º Vereador, o Sr. Vani Massoni, o 1º Sub-Prefeito, Sr. Jovane Strazula, 1º Juiz de Paz, Sr. Avicio Scheider, primeiros Ministros Eucarísticos, Dileto Nava, Odete Nitche e Aniba Resende.A primeira escola foi construída em madeira nos anos de 1946 e 1947 e foi denominada de Euclides da Cunha. A 2ª escola também em madeira foi construída em conjunto com a sociedade, com pais e alunos, os professores eram Odete Nitche, Valdir Nitche e Francisca Amorim Nicaretta.
Bandeirante crescia, e como o crescimento traz a necessidade de liberdade, nossa Comunidade também a desejava. Era anseio de todos fazer-se independente do município de São Miguel do Oeste, sendo assim formou-se uma Comissão de Emancipação, que trabalhou em prol da mesma.
Em 19 de Março de 1995, a comunidade pode expressar seu desejo de Emancipação através de Plebiscito, sendo este também uma inovação, pois foi feito com o voto eletrônico. O Plebiscito foi mais uma confirmação do desejo de independência, o que em muito contribuiu para a decisão do Governador do Estado Sr. Paulo Afonso Evangelista Vieira, que em 29 de Setembro de 1995 tornou Município a comunidade de Bandeirante.
Bandeirante é uma Cidade situada na microrregião de São Miguel do Oeste, na mesoregião do Oeste Catarinense, sendo Município de faixa de fronteira, ao norte-noroeste faz divisa com o Município de Paraíso, ao sul com o Município de Belmonte e a vizinha República Federativa da Argentina, ao leste com o Município-mãe São Miguel do Oeste, ao sudeste com o Município de Descanso e ao oeste com a República Federativa da Argentina, pela Província de Missiones.
Situado numa altitude média de 517 metros, latitude de –26º 46’ 07’’ e longitude de 53º 08’ 16”, e com uma área territorial de 146,26 Km².
Bandeirante conta com nove Comunidades estruturadas, sendo elas:
Comunidade | Distância da sede
Linha Gaspar 7,6 Km
Linha Prata 9 Km
Linha Riqueza do Oeste 15 Km
Linha Hélio Wassum 5,8 Km
Linha Reno 3,5 Km
Linha Várzea Alegre 8,5 Km
Linha Getúlio Vargas 11,5 Km
Linha Novo Encantado 3,5 Km
Linha Adolfo Zigueli 12,6 Km
Segundo o censo demográfico de 2000, Bandeirante conta com uma população de 3177 habitantes, onde verificou-se que 2436 habitantes vivem na zona rural e 741 habitantes vivem na zona urbana. Sendo homens 1647, homens e 1530 mulheres.
A economia do Município é essencialmente agrícola, baseada na suinocultura, avicultura, produção de grãos, gado de corte e leiteiro.
Em 03 de Outubro de 1996, aconteceu a 1ª eleição do Poder Executivo e Poder Legislativo, onde se elegeram para Prefeito- o Sr. Edmundo Afonso Bracht, vice-prefeito- Sr Darci Guilherme Lolato e nove Vereadores os Srs: Adir Paulo Menegaz, Aldecir Forti, Alfredo Ari Dill, Amélio Demozzi, Eloi Nilo Perassolli, Gentil Luiz Simioni, Ivo Ries, Pedro Zocolotto, e Valdemar Accadrolli.
No ano de 1997, o então Prefeito Eleito Sr. Edmundo Afonso Bracht, assume a Prefeitura Municipal e cria através da Lei Municipal nº 003/97, as Secretarias Municipal de Administração e Fazenda, Secretaria Municipal da Saúde Saneamento e Bem Estar Social, Secretaria Municipal de Educação Cultura Esporte e Turismo, Secretaria Municipal da Agricultura Indústria e Comércio, Secretaria Municipal de Transportes Obras e Urbanismo.
No ano de 1998, ocorreram nucleações, onde as Escolas Municipais Isoladas foram nucleadas em dois únicos estabelecimentos: Escola Municipal Anita Garibaldi, que absorveu as Escolas das comunidades de Linha Adolfo Ziguelli, Linha Gaspar Dutra, Linha Nova Esperança e Linha Riqueza do Oeste e a Escola Municipal Bandeirante, que absorveu as Escolas das Comunidades de Linha Várzea Alegre, Linha Reno, Linha Helio Wasum, Linha Assentamento Bandeirante, Linha Novo Encantado e Linha Getúlio Vargas.
O Município de Bandeirante teve nos seus 4 primeiros anos, uma administração conturbada e repleta de irregularidades que ocasionaram o impeachment do Sr. Prefeito Edmundo Afonso Bracht, onde este foi afastado do cargo em 09 de Setembro de 1999, por 09 votos a 0, em Sessão Especial do Poder Legislativo.
Em 10 de Setembro de 1999, assumiu a Administração do Município o então Vice-Prefeito- Sr. Darci Guilherme Lolato, que permaneceu no cargo até 12 de Novembro de 2000, em virtude de seu falecimento em acidente automobilístico.
Em 13 de Novembro de 2000, assume o cargo o Sr. Ivo Ries, o então Presidente do Poder Legislativo, que administrou a Prefeitura de Bandeirante até 31 de Dezembro de 2000.
Em 01 de Janeiro de 2001, assumiu a Administração o Prefeito eleito em 01 de Outubro de 2000- Sr. José Carlos Berti e o vice-prefeito- Sr. Otile Mocellin da coligação PMDB/PDT.
O Poder Legislativo do Município de Bandeirante ficou assim constituído: Alfredo Ari Dill, Aldecir Forti, Amélio Demozzi, Carlos Bertochi, Delmar Luiz Moresco, Gentil Luiz Simioni, Jonas Sigismundo Hayduk, Nestor Rossini, e Valdemar Accadrolli.
Em 1º de Janeiro de 2005, a Administração de José Carlos Berti e Otile Mocellin, coligação PMDB/PPS, reeleitos em outubro de 2004, reassumem a administração.
O poder legislativo fica composto pelos seguintes vereadores: Alfredo Ari Dill, Amélio Demozzi, Carlos Bertochi, Claudir José Kerber, Jonas Sigismundo Hayduk, Marinete Lourdes Rech de Miranda, Natalino Greggio, Nestor Rossini, Nelso Pedro Dal Bello e Walney Biasi,.
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